A criação
A História da Coca-Cola inicia com a chegada do farmacêutico John Pemberton na cidade de Atlanta nos Estados Unidos, logo após a Guerra Civil americana. O mesmo havia acabado de participar da guerra e estava disposto a mudar de vida, em busca de uma nova clientela que comprassem suas ideias e medicamentos. Por não ter, nenhuma habilidade em vendas, sempre fracassou em suas criações, até conhecer o contador Frank Robinson, que acaba tornando-se sócio.
- 1884 – Foi lançada a bebida alcoólica chamada “Pemberton’s French Wine Coca”, anunciada como uma bebida intelectual, vigorante do cérebro e tônica para os nervos,[1] sendo, inicialmente uma mistura de folhas de coca, grãos de nós de cola e álcool.[2]
- 1886 – O puritanismo religioso estava em alta e havia todo um movimento anti-álcool. Nenhuma mulher ou homem decente poderia ser visto em lugares que fornecessem esse tipo de bebida. Neste mesmo ano, todos os estabelecimentos que vendiam álcool foram fechados e Pemberton e Robinson se viram na procura por outro produto que lhes rendessem dinheiro.[1]
Naquela época existiam os chamados “Pontos de Vendas”, lugares aonde pessoas iam após as compras, para se reunir e tomar sorvetes e xaropes misturados com água carbonada nos mais diferentes sabores, e que possivelmente acabaram dando idéias para a produção de um novo produto.
Tentando se encaixar neste novo padrão, Pemberton passou meses no porão de sua casa em Atlanta, adicionando ingredientes à água carbonada para fazer um xarope e, mandando amostras para a “Jacob’s Pharmacy”, para testar a opinião dos clientes.[3]
No dia 8 de maio era vendida a primeira bebida conhecida atualmente como Coca-Cola, nome posteriormente dado por Frank Robinson, que utilizou a sua própria caligrafia para fazer o logotipo.[4][5][6][7] O produto era um xarope com água carbonada, servidos em copos de vidro e misturados na hora de servir.[8]
No dia 29 de maio, Pemberton anuncia a bebida pela primeira vez no “Atlanta Journal”.[9]
- 1887 – Em seu primeiro ano de operação foram vendidos somente 25 galões de Coca-Cola, o que correspondia a 9 copos por dia, o que rendeu 50 dólares, tornando-se um prejuízo.[10]
- 1888 – Devido a problemas de saúde e financeiros, Pemberton foi obrigado a vender a fórmula, pelo total de 1.750 dólares e, acabou falecendo, no dia 16 de agosto, dois anos após ter inventado a bebida que acabaria por se tornar um dos maiores símbolos americano. No mesmo ano, Frank Robinson procura pelo empresário e farmacêutico Asa Griggs Candler que acaba comprando a fórmula por 2.300 dólares.[6][9]
[editar]De 1891 a 1920
O empresário Asa Griggs Candler acreditava no produto e queria que a Coca-Cola fosse conhecida. Naquela época, não existiam meios de comunicação nacionais e, a grande maioria dos consumidores encontrava-se isolados nas pequenas cidades do interior que visitavam as grandes cidades. Uma das formas encontradas foi o contratar pessoas para distribuir cupons que davam o endereço e um brinde, experimentar de graça a Coca-Cola, fazendo com que os estabelecimentos fossem procurados.[4]
Candler também acaba disponibilizando outros brindes nos estabelecimentos, como calendários e posters que serviam como uma forma dos consumidores olharem para o nome da Coca-Cola e lembrar onde compraram.[4]
- 1893 – No dia 31 de janeiro a marca Coca-Cola foi registrada.[11]
- 1894 – No dia 12 de março Coca-Cola foi vendida pela primeira vez em garrafas de vidro em uma loja de doces emVicksburg, Mississippi, usando garrafas de vidro que vinham com a marca da companhia de engarrafamento em auto-relevo, a “Biedenharn Candy Company”. O dono da engarrafadora, Joseph A. Biedenharn ficou impressionado com as vendas e relatou o caso para Asa Griggs Candler, que não teve nenhum interesse em comercializar a Coca-Cola em garrafas.[7][11][12]
- 1895 – A forma de promoção agressiva adotada por Candler acabou funcionando, a marca Coca-Cola já contava com três fábricas que engarrafavam o produto nas cidades de Chicago, Dallas e Los Angeles.[4]
- 1897 – Começa a internacionalização da Coca-Cola, chegando no Canadá, no México e no Havaí.[9]
- 1899 – Dois advogados de Chattanooga, Tennessee Benjamim Franklin Thomas e Joseph Whitehead propõem á Candler que fizessem o engarrafamento em larga escala. No início Candler questionou a estava em dúvidas quanto ao engarrafamento da bebida, mas os dois negociantes que propuseram a idéia foram tão persuasivos dizendo que as pessoas poderiam levar para casa. Um contrato foi firmado dando controle total do procedimento à Thomas e Whitehead para engarrafarem a Coca-Cola, e que excluía Joseph A. Biedenharn deste processo.[7]
- 1902 – Coca-Cola passa a ser vendida em garrafas com “tampa coroa”, até então, era comercializada em garrafas com tampa de rolha.[13]
- 1909 – Nos Estados Unidos, cerca de 400 fábricas já engarrafavam a Coca-Cola, sendo, a maioria delas era de propriedades de empresas familiares. Algumas foram abertas somente nos meses de clima quente, quando havia maior demanda do produto.[7]
- 1915 – Com tantas cidades engarrafando e distribuindo o produto, começaram a surgir as primeiras falsificações. Comerciantes começaram a engarrafar outros produtos com o rótulo parecido com o da Coca-Cola, naquela época, não existia diferenciação dos produtos, somente o rótulo, que era facilmente removível.[4]
- 1916 – É realizado um concurso para escolher um novo design para a garrafa da Coca-Cola. O projeto vencedor foi do projetista Raymond Louise da cidade de Terre Haute, estado de Indiana. Sua inspiração foi no formato da fruta do Cacau. A garrafa foi patenteada no estatuto de marcas dos Estados Unidos.[7]
- 1918 – No final do ano, Candler vende a empresa por 25 milhões de dólares para um grupo de investidores liderados por Ernest Woodruff e WC Bradley.[4][14]
- 1919 – O design de garrafa escolhido em 1916 já estava em todas as fábricas, dando originalidade ao produto e evitando a pirataria. Neste mesmo ano foram abertos fábricas na Espanha, na Bélgica, na França, na Itália, na Guatemala, em Honduras, no Peru, na Austrália e na África do Sul.[15]
- 1920 – Mais de 1000 empresas engarrafadoras realizam a produção e distribuição da Coca-Cola nos Estados Unidos.[7]
[editar]De 1921 a 1940
Quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, a Coca-Cola já tinha se tornado a maior consumidora de açúcar do mundo para a fabricação de seus produtos. Com a guerra, começou a ter racionamento, colocando em perigo os negócios.
- 1923 – Com o final da Primeira Guerra Mundial, houve a recessão que quase faliu com a companhia [nota 1], este fato fez o conselho que comandava a The Coca-Cola Company escolhesse um novo presidente, sendo eleito Robert Woodruff [nota 2], o mesmo dirigiria a companhia pelos próximos 60 anos.[14]
- 1929 – A Coca-Cola lança uma caixa de metal, que a conservava gelada nos postos de vendas, chamado de “open-top cooler”.[14]
- 1931 – A Coca-Cola encomenda uma série de quadros a Haddom Sundblom, representando a imagem do Papai Noel, para uso em publicidade.[17] A figura acaba tornando-se a identidade do Papai Noel. Mas, em 1927 os mesmos traços já haviam sido utilizados no jornal New York Time.
Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, a Coca-Cola desenvolveu "fábricas" móveis que foram enviadas para as frentes de batalha junto com técnicos da empresa, que garantiam a produção e a distribuição da bebida para os soldados, fato este aprovado pelo então general Dwight D. Eisenhower das Forças Armadas dos Estados Unidos. A empresa conseguiu na época uma autorização excepcional de Washington.[3] Apesar dos custos de produção na frente de batalha serem elevados, a companhia decidiu arcar com os mesmos, numa tática de marketing, vendendo o refrigerante pelo mesmo preço praticado nos Estados Unidos. Durante o período de guerra, 64 instalações de engarrafamento foram criadas para abastecer as tropas que estavam fora dos Estados Unidos.[3][7] Este fato ajudou a abrir caminho para a internacionalização da Coca-Cola, que, durante e após a guerra acabou sendo licenciada nos diversos países em que acompanhou o exército americano, incluindo o Brasil.[13] Tendo em vista a sua associação com os produtos americanos, o refrigerante acabou exercendo o papel de um símbolo patriótico. A popularidade da bebida aumentou bastante no pós-guerra, quando os soldados voltaram fazendo propaganda do refrigerante.
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